Em períodos econômicos conturbados e cenários complexos, se espelhar em experiências que deram certo é um bom caminho para amenizar impactos negativos em pequenas e médias empresas. Por isso, reunimos 6 dicas de grandes empresários brasileiros sobre gestão durante situações econômicas instáveis. O que fazer? Como Por quê? Inspire-se com os exemplos abaixo.
Mas antes disso, lembre-se que, antes de se tornarem referência no assunto e donos de organizações admiradas por clientes e investidores, esses empresários também começaram com uma pequena ou média empresa como a sua. Portanto, eles têm muito a colaborar para que você supere possíveis desafios que foram ou podem ser vivenciados pela sua organização.
Quer levar a gestão do seu negócio ao grau de excelência exigido nos dias de hoje? Confira, então, 6 dicas imperdíveis de algumas das mentes mais brilhantes do mundo empresarial brasileiro!
1. “Enxergue deficiências do mercado como oportunidades” (Ozires Silva)
Certamente você conhece os princípios da famosa análise SWOT. Embora sejam consideravelmente simples, são muito usados no planejamento estratégico de diversas corporações. Para gestores inexperientes com cenários complexos, entretanto, enxergar oportunidades em meio a um horizonte aparentemente caótico é um enorme desafio.
Fato é que tal poder de observação é uma das chaves para encontrar soluções criativas e verdadeiramente efetivas. Nesse sentido, a história de Ozires Silva é muito ilustrativa. Afinal, ele fundou a Embraer, pioneira no desenvolvimento e fabricação de aeronaves em território brasileiro.
Com base em sua própria experiência, o que Ozires Silva fez foi detectar uma deficiência do mercado e vislumbrar um projeto realizável. Guardadas toda as devidas proporções, trata-se de uma lição que pode ser repetida em empresas dos mais variados nichos de mercado.
2. “Precisamos trabalhar em primeiro lugar o foco e dominar nossas emoções” (Flávio Augusto)
Já Flávio Augusto, fundador da Wise Up, destaca a importância de manter o foco, em detrimento das emoções, as quais precisam ser relegadas a um segundo plano. Principalmente no decorrer de imensos desafios financeiros, o risco de o empresário agir de maneira desesperada é considerável. Mesmo nas piores fases, é vital conservar a qualidade do processo de tomada de decisão.
Dessa forma, Augusto chama a atenção para o peso do QE (Quociente Emocional), ou seja, a chamada inteligência emocional. A ideia, aqui, não reside em negar a existência do complexo conjunto de emoções, com o qual todos nós convivemos o tempo todo.
Diante de problemas financeiros, por exemplo, a busca de saídas viáveis está profundamente atrelada ao hábito de encarar as dificuldades que se apresentam. O mesmo raciocínio se aplica às emoções, que precisam permanecer em constante equilíbrio com resoluções difíceis e nem sempre agradáveis. Um exemplo seria a necessidade de reformular o modelo de negócio da empresa, algo que demanda tempo e exige muito trabalho.
3. “Preocupe-se em formar gente boa” (Paulo Lemann)
Do idealizador da Ambev podemos aprender que, muitas vezes, capacitar funcionários é mais importante do que simplesmente impor uma dada cultura organizacional a eles. O pensamento de Paulo Lemann, mais um dos grandes empresários brasileiros, faz todo o sentido. Isso porque, para exigir um desempenho acima da média dos colaboradores, você precisa se certificar de que eles reúnem as condições para tal.
Sim, recrutar e selecionar as pessoas certas para cada cargo é tarefa essencial para que o projeto empresarial saia do papel e atinja as metas e objetivos previstos. Porém, criar os meios necessários para que os funcionários aprimorem as habilidades que já têm e desenvolvam outras também deve ser uma prioridade.
4. “Não adianta querer abraçar o mundo” (Pedro Lima)
A experiência de Pedro Lima, por sua vez, demonstra que todo empresário precisa, ao menos no início, concentrar suas energias em um nicho específico. Criador da 3Corações (uma das produtoras de café mais renomadas do Brasil), Lima lembra que, lá atrás, ele gerenciava negócios distintos simultaneamente.
Além do café, o empresário direcionava seu olhar às áreas de panificação e produção de sabão. Diante disso, ele percebeu que precisava se dedicar a apenas um desses negócios. Assim, escolheu aquele que julgava mais promissor: produzir os grãos de uma das bebidas mais apreciadas do mundo.
5. “Foque em atendimento humanizado para atrair consumidores” (Luiza Trajano)
Em uma época marcada pela utilização cada vez mais frequente de dispositivos eletrônicos, o universo digital tende a ofuscar as interações humanas. Luiza Trajano, do fenômeno Magazine Luiza, alerta para o diferencial proporcionado pelos investimentos em atendimento humanizado.
Isso não significa que soluções tecnológicas devam ser ignoradas. Na verdade, o ideal é unir o útil ao agradável. O próprio case de sucesso exibido pela Lu, inflencer digital da empresa, fala por si. O detalhe está no tom pessoal e humano presente nas falas de um bot, que já foi confundido com uma pessoa real por muitos clientes.
Seja com um bot dotado de tecnologia de ponta, como a Lu, seja com funcionários dedicados, Trajano defende que o objetivo final deve ser o de garantir uma boa experiência aos clientes.
6. “Seja ágil” (Raphael Klein)
Ao contrário do que diz o senso comum a respeito das disputas entre empresas, Raphael Klein pensa de modo diferente. Para o gestor responsável por conduzir o grupo Via Varejo, as dinâmicas de mercado não são regidas por empresas de grande porte que engolem as menores.
Klein sustenta que, em vez disso, as organizações que se sobressaem são aquelas que agem mais rapidamente do que as concorrentes. Em outras palavras, é preciso se antecipar aos movimentos das empresas que atuam no mesmo setor. Afinal, elas são peças-chave na construção da realidade na qual o seu negócio está inserido. Com isso, você conseguirá projetar cenários e vislumbrar as saídas mais oportunas com mais nitidez.
Fonte: Serasa Experian