Por: Diogo Hudson
As redes sociais devem ser pautadas em temas ligados, tanto à história do dono do negócio, quanto à história da própria empresa. Deve-se mesclar no Instagram, ou até mesmo no Linkedin, alguns momentos em família, da vida pessoal e também momentos profissionais, de negócios. Porque um ser humano se conecta com outro ser humano.
Quando se tem contato com um ser humano que tem família, as pessoas se identificam. Quando se tem contato com pessoas que estão passando por alguma dificuldade, outras se identificam. E quando se tem contato com pessoas que são bem sucedidas, o público cria um desejo e também se identifica. Quando vemos pessoas de alta performance, vemos que mescla publicações pessoais com profissionais. Por isso, o nome no Instagram deve ser primeiro o nome pessoal, depois o nome profissional.
Em caso de grandes empresas, as que mais dão resultado são as que criam uma persona, uma pessoa que faz a propaganda. Isso já era assim há muito tempo, desde a publicidade na TV. Lembramos claramente do baixinho que vendia aquela cerveja famosa, ou do homem que vendia aquela conhecida palha de aço. Hoje, isso se tornou diferente, pois existem os influenciadores. Exemplo: existe uma empresa que vende produtos na área médica para as pessoas terem emagrecimento saudável, mais qualidade de vida. Então, embora o nome da empresa tenha força de mídia, os médicos dessa empresa são as pessoas que fazem propaganda para darem aula, angariar seguidores e vender os produtos.
Quanto aos passos para trabalhar as redes sociais, existem cinco que se destacam e que são a base de tudo. O primeiro é a sua história. Contá-la desde a história da marca até a história dos donos. Pode-se mesclar imagens da vida pessoal dos donos com momentos importantes da companhia. Depois de montar um storytelling que traga conexão, momentos de dificuldade e pontos de virada para as pessoas se conectarem, inclua histórias de clientes que tinham dificuldades de ter acesso aos produtos e que conseguiram com a sua empresa.
O segundo passo é falar para um público muito específico. Tudo que for postado deve ser focado no nicho que a empresa quer alcançar, que tem determinada idade, mora numa determinada região, tem determinados costumes.
O terceiro passo é postar um conteúdo de alto valor. É preciso trazer a funcionalidade de um produto, de um serviço, trazer casos de sucesso, trazer dificuldades, dores e desafios do cliente, como a marca pode superar estes desafios. Trazer um problema e mostrar a solução. Isso faz com as pessoas confiem e haja engajamento. O quarto passo é embalar o produto, fazer um passo a passo e solucionar o problema do público.
Digamos que haja uma nutricionista especializada em emagrecimento saudável. Primeiro, vai contar a história dela, contar histórias de sucesso de pacientes que conseguiram emagrecimento saudável, e aí vai passar a fazer posts para mulheres acima dos 35 anos que não conseguiram voltar ao peso de antes da gravidez. Nesta etapa, ela vai falar das dores, das dificuldades dessas mulheres: de seguir uma dieta, de fazer atividade física… e isso cabe em lives, em vídeos, em textos e muito mais. Outro exemplo é de uma cabeleireira especializada em tranças. Ela vai contar a história dela, vai mostrar casos de pessoas que fizeram tranças com ela e que ficaram satisfeitas.
Depois, vai fazer posts voltados para pessoas de determinada idade, cultura, costume, gosto e desejo de ter aquele tipo de cabelo. Depois, vai produzir conteúdo de alto valor, falando da dificuldade de pentear os cabelos, de encontrar bons produtos. O produto que ela vai “embalar” pode ser um salão, um produto físico, um serviço de toda forma. Depois de embalar e vender o produto, tem que entregar, sendo na casa da pessoa, ou fazendo alguns serviços.
Com a pandemia, muitos destes serviços passaram a ser feitos online, que são os casos das terapias. Eu sou terapeuta e formador de terapeutas, então é uma coisa que pode ser feita de casa, não precisa de ensino superior e muitas pessoas, durante a pandemia, fizeram transição de carreira para mudar de área.
Fonte: Mundo RH