Veja algumas situações importantes a serem pensadas ou repensadas neste momento:
Marca da sua empresa: Uma grande marca de alimentos anunciou a demissão de 600 funcionários. Notícias como esta causam uma repercussão negativa ao nome da empresa, por isso algumas medidas que a empresa pode tomar para evitar essa visão negativa podem ser as voltadas a empatia e humanização.
Todos devem mostrar responsabilidade social, tendo em vista que as empresas têm influência na rotina e estilo de vidas das pessoas. O Covid-19 é uma doença de fácil propagação, e se a organização não pode oferecer um ambiente seguro para seus profissionais, ela deve dispensá-los do comparecimento presencial. O empregador deve fazer o máximo possível para evitar a propagação da doença e ter compreensão da gravidade da situação. Possuímos muitas formas de fazer isso, como redução de times e horas trabalhadas, adoção do home office, e aumento no rigor da higienização do local de trabalho.
Assim como o cuidado com a saúde, a comunicação também é muito importante, a Microsoft por exemplo criou um mapa em tempo real da pandemia. O Google disponibilizou acesso gratuito as funções avançadas do Hangouts Meet. Imagine como a sua empresa pode ser bem vista neste momento, e tente implementar algumas ações. Imagine se isso pode ser possível abrindo mão de alguma exigência, ou usando tecnologias a favor da comunidade. Imagine se existe alguma forma de você ajudar colaboradores, parceiros ou clientes prejudicados.
Por exemplo a Uber fornecerá auxílio financeiro para os motoristas e entregadores diagnosticados com a Covid-19.
Assim, o importante agora é saber que os efeitos dessa pandemia afetam a todas as categorias, e nesse momento é mais válido participar dos movimentos em prol dos trabalhadores.
Também é importante verificar que o seu público, interno ou externo, está bem informado. Atitudes de combate as fake news neste momento são essenciais. Só para se ter uma noção, as fake news já representam 85% das mensagens verificadas pelo Ministério da Saúde. Conte com uma estratégia de conteúdo e de marketing positiva para sua marca, e tente manter sua equipe e clientes engajados.
Antecipe mudanças no comportamento dos consumidores: Mais mudanças no comportamento dos consumidores devem ocorrer durante esse período. O posicionamento da empresa deve ser o de pensar mais no e-commerce. É uma mudança até esperada, se você já possui esse tipo de serviço e tem alguma dificuldade mantenha seus clientes informados. E se você não tem essa modalidade de venda, veja se ela é vantajosa para sua empresa. Muitos grupos de lojistas estão adaptando suas vendas a internet. É uma jornada exaustiva, pois, a produção de catálogos digitas, criação de perfis e marketplaces e disponibilização de entregas em algumas cidades pode ser muito difícil.
Fora o e-commerce vale citar o exemplo que empresários do turismo de Minas Gerais nos deram ao fazer a campanha “Não cancele, remarque”.
Tenha uma estratégia: Nos seus planos e estratégias, sejam eles de curto ou médio prazo, tente aproveitar as oportunidades, para evitar demissões e fechar as portas. De acordo com o Sebrae, as Micro e Pequenas empresas possuem 27% da formação do PIB e respondem por 52% dos empregos com carteira assinada. Também sabemos que a maior parte das empresas são as Micro e Pequenas empresas, por isso para estes empresários é importante ter um plano estratégico, pela importância do seu negócio, não só para si, mas como para as pessoas que dependem dele e para todo o país. A Me ou EPP devem analisar seus custos, processos, pessoas, parcerias e suas culturas internas. Crie grupos de perguntas e vá respondendo elas estrategicamente, por exemplo, “quanto tempo minha empresa pode sobreviver com minha atual situação física e financeira”? “Existe novas formas de obter faturamento?” “Posso reduzir o custo mensal do meu negócio?”.
Na parte de custos, analise seus custos fixos e variáveis, faça uma média dos seus custos dos últimos 3 meses e veja se eles se manterão ou tendem a reduzir. Com esse dado em mãos veja se a sua disponibilidade de caixa supre essa demanda.
Fora a questão dos custos, as parcerias B2B e B2C são uma forma criativa de oferecer seus produtos a clientes ainda não explorados. O empresário que vende para PF pode pensar em vender para PJ e vice-versa, o importante é considerar as oportunidades.
Reanalise seus produtos e serviços oferecidos, dentre esse grupo existe a possibilidade da criação de algo novo ou a exploração de um novo mercado? No momento analise seu público-alvo, e veja se este público vê valor do que você está oferecendo. Por exemplo, o empresário da contabilidade pode se engajar em oferecer consultorias a clientes e não clientes, afinal estamos tendo muitas alterações legais.
Sendo assim, existem muitas respostas que podem ser obtidas ao se pensar em formas de entregar mais valor aos clientes.
Fonte: Contabilidade na TV